Kadyrov: Merkel e Trump serão presos se algum dia vierem à Chechênia

Se a primeira-ministra alemã Angela Merkel ou presidente norte-americano Donald Trump visitarem a República Russa da Chechênia, eles serão presos e todas as suas contas no território checheno serão congeladas, afirmou o líder local Ramzan Kadyrov.
Sputnik

Kadyrov, conhecido por suas declarações controversas, fez a aparente piada durante uma entrevista que deu ao canal de notícias Rossiya 24. Quando perguntado sobre a possibilidade de ser colocado em uma lista de sanções adicionais pelos EUA, ele respondeu que "deve estar lá [na lista]" e insultou os líderes ocidentais, dizendo: "nós colocamos sanções [no lugar] contra Trump [e] Merkel e tudo isso há muito tempo".

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"Se eles vierem à nossa república [da Chechênia], imediatamente os prenderemos e os colocaremos na prisão", garantiu. O líder checheno acrescentou que não teme nenhuma sanção ocidental, já que não tem ativos onde as nações ocidentais possam aproveitá-las e não visita essas nações.

Na entrevista, que foi veiculada na noite desta terça-feira, Kadyrov falou sobre uma série de questões domésticas e internacionais, desde o papel desempenhado na Síria por chechenos étnicos servindo nas Forças Armadas russas, até sua atitude em relação aos casamentos polígamos aprovados pelo islamismo.

Sobre os recentes ataques à Síria feitos pela coalizão dos EUA, Kadyrov classificou como uma "provocação anti-russa" e disse que "regimentos, batalhões e brigadas" da infantaria chechena podem ir ao Oriente Médio para impor a ordem.

"Quando eles bombardeiam um estado soberano e não perguntam sobre quaisquer regras, eu acho que esta é a luta em curso com a Rússia", disse. "Eu acho que se essas coisas continuarem acontecendo, a Rússia terá que tomar medidas", acrescentou.

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Quando os repórteres perguntaram sobre o tipo de tais medidas, ele não titubeou: "Forçar medidas". "Se você me perguntar, Ramzan Kadyrov, eu diria que qualquer provocação contra a Rússia deve ser destruída no local", afirmou.

O líder checheno também aproveitou a entrevista para reiterar sua posição a respeito da poligamia, dizendo que Deus permitia que os muçulmanos tivessem quatro esposas, mas a união não exigia registro em nenhum escritório civil. Por isso, não há planos legislativos para legalizar a poligamia na república.

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