Presidente da Colômbia pede o fim da guerra às drogas

Discursando em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (24), o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu a mudança da atual política de drogas.
Sputnik

O mandatário colombiano já havia havia feito discurso contra a guerra às drogas durante seu pronunciamento durante a Assembleia Geral da ONU em 2017. Nesta terça-feira (24) ele voltou à carga e afirmou: "temos que mudar a estratégia global para superar o problema das drogas"

Santos lembrou que "a guerra que o mundo declarou (…) contra às drogas há mais de 40 anos não foi vencida", e ressaltou que a estratégia baseada exclusivamente na proibição e na repressão "só gerou mais mortes, mais prisioneiros, mais organizações criminosas mais perigosas".

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"Colocar os consumidores e os camponeses na cadeia não serve. Vamos mudar o foco, sob o princípio da responsabilidade conjunta, vamos trabalhar juntos para reduzir a demanda e punir as organizações criminosas transnacionais que lucram com o negócio de semear dor e morte em seu caminho".

O presidente julgou que "hoje, o narcotráfico continua sendo a principal ameaça à paz", acrescentando que os cartéis transnacionais matam líderes sociais engajados na Colômbia.

A substituição voluntária das plantações de coca (matéria-prima de cocaína), acompanhada de programas de desenvolvimento agrícola para os camponeses, é um dos elementos centrais do acordo de paz que Santos assinou em novembro de 2016 com as FARC, grupo guerrilheiro que desde então abandonou as armas e transformou-se em partido político. 

A Colômbia continua a ser o principal fornecedor de cocaína para os EUA — que segue no posto de maior mercado mundial da droga.  

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