O esquema entre a empresa e os terroristas começou a ser revelado em junho de 2016 pelo jornal Le Monde e perdurou entre 2012 e 2014. De acordo com a acusação, a LafargeHolcim possuía uma fábrica de cimento no campo de Jalabiya, norte da Síria. Já ativo na área, o Daesh exigia que funcionários exibissem um papel carimbado pelos terroristas autorizando-os a entrar na fábrica.
Veillard diz ainda que descobriu a natureza dos financiamentos no verão de 2014, mas que desde outubro de 2013, um relatório do comitê de segurança da LafargeHolcim anunciava de forma animadora "negociações com os grupos armados ISIS (Daesh) e Frente Nusra para permitir a retomada das atividades da cimenteira", de acordo com a Rádio França Internacional.
Ainda não está claro se a Presidência, à época ocupada pelo socialista François Hollande, foi notificada sobre as negociações em andamento com os terroristas. A fábrica da LafargeHolcim encerrou as atividades no final de 2014.