EUA classificam ameaças do Talibã em meio a negociações de paz como 'inaceitáveis'

Não há nenhuma justificativa para que o Talibã lance uma nova ofensiva na primavera enquanto o presidente afegão, Ashraf Ghani, tenta reviver o processo de paz, declarou o secretário de Estado interino dos EUA, John Sullivan, em um comunicado.
Sputnik

"O presidente Ghani recentemente fez um convite histórico para que os talibãs participem de um processo de paz, e não há justificativa para o anúncio de uma nova ofensiva", disse Sullivan na quarta-feira. "Não há necessidade de uma nova 'temporada de lutas'."

Afeganistão oferece reconhecer Talibã como grupo político
O Talibã, em um comunicado divulgado no início do dia, anunciou que estava lançando sua ofensiva militar anual na primavera, informou o jornal Tolo News, do Afeganistão.

Sullivan também disse que o anúncio "afirma a responsabilidade do Talibã pela insegurança que destrói a vida de milhares de afegãos a cada ano".

O movimento radical do Talibã rejeitou a oferta de Ghani para participar das eleições locais e parlamentares do Afeganistão, dizendo que somente aqueles que são aprovados pelos Estados Unidos poderiam ganhar poder no país, segundo a mídia local.

O grupo radical também pediu à população que boicotem as eleições e observou que o país está "ocupado" por forças estrangeiras.

Ghani revelou seus planos para iniciar negociações de paz com o Talibã, começando com uma trégua e possivelmente terminando com o reconhecimento do movimento como um partido e culminando com a participação nas eleições de fevereiro. Em troca, o Talibã teria que reconhecer o atual governo e a Constituição de Cabul.

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