General da Bósnia é preso por crimes de guerra e contra a humanidade

A Agência Estatal de Investigação e Proteção da Bósnia e Herzegovina prendeu nesta sexta-feira (27) o ex-general bósnio Atif Dudakovic, juntamente com 11 outros ex-militares suspeitos de terem cometido crimes de guerra contra os sérvios durante a Guerra da Bósnia entre 1992 e 1995, disse a agência.
Sputnik

As prisões foram realizadas por ordem do Gabinete do procurador da Bósnia e Herzegovina.

Na década de 1990, Dudakovic serviu como comandante do 5º Corpo do Exército Bósnio, que operava no Cantão de Una-Sana. Todos os 12 detidos serão acusados de crimes contra a humanidade e crimes de guerra contra civis durante as guerras iugoslavas.

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"Os crimes de guerra que são objeto da investigação estão relacionados com a morte de várias centenas de civis e prisioneiros de nacionalidade sérvia nos municípios da Bósnia Ocidental, em 1995, bem como com crimes contra a população [eslavo-muçulmana] da Província Autônoma da Bósnia Ocidental, em 1994", afirmou Boris Grubesic, porta-voz do Ministério Público da Bósnia e Herzegovina.

Segundo relatos, a prisão veio após uma investigação sobre Dudakovic, que começou há 12 anos.

Estabelecida em 1992, a Bósnia e Herzegovina estava em estado de guerra até que o Acordo de Paz de Dayton foi assinado, em 1995. O acordo, negociado pelos Estados Unidos e assinado na cidade norte-americana de Dayton, tinha como objetivo reconciliar muçulmanos bósnios e Croatas, predominantes na Bósnia e Herzegovina, com os sérvios, levando a existência da Republika Srpska como uma entidade autônoma.

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