Parlamentar sérvia: União Europeia quer transformar Balcãs em estacionamento de imigrantes

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O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que a União Europeia precisa ser reformada antes de continuar a expansão, acrescentando, no entanto, que não quer que os países dos Bálcãs se voltem para Moscou e Turquia.

Reagindo à declaração, a parlamentar e ex-embaixadora da Sérvia na Itália, Sanda Raskovic Ivic disse à Sputnik Srbija que o medo da crescente influência da Rússia fez com que Bruxelas se apressasse e fizesse da Bulgária um membro da União Europeia o mais rápido possível.

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Ela ressaltou que Macron essencialmente reiterou uma declaração emitida pela chanceler alemã Angela Merkel em 2009, quando insistiu que não há razão para expandir a UE ainda mais se tal crescimento for prejudicial às operações do bloco.

"Hoje o status de Merkel em seu país e na UE diminui, enquanto Macron é uma estrela em ascensão. Então, Macron avança e declara francamente que a UE não pode se expandir ainda mais e que reformas são necessárias", disse Raskovic Ivic.

Segundo a política, a UE não se apressará em aceitar a Sérvia e outros países porque o bloco quer transformar os Bálcãs em uma espécie de “estacionamento” para migrantes.

"A UE não está mais pronta para aceitar grandes massas de migrantes, por isso precisa de algum tipo de filtro para conter o fluxo de refugiados; mas não pode usar a Turquia para esse fim porque esta poderia começar a chantagear Bruxelas. A Croácia é território fronteiriço da UE, localizado junto à Bósnia e Herzegovina, Sérvia e Montenegro. Estes países são mais fracos, de modo que é sempre possível ameaçá-los ou suborná-los para que eles façam um favor e acomodem todas essas pessoas. A UE precisa de um estacionamento para migrantes", disse, acrescentando que a UE não está muito interessada em acolher a Sérvia neste momento.

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No início de abril, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse ao Parlamento Europeu que a UE deveria aceitar novos membros dos países dos Balcãs Ocidentais, a fim de evitar o risco de uma nova guerra na região. A Sérvia já recebeu o estatuto de candidata à adesão à UE desde 2010, feito também obtido por Montenegro em 2012. A Bósnia e Herzegovina apresentou formalmente o seu pedido de adesão à UE em 2016.

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