"Fidel Castro é um ícone de resistência contra o neoimperialismo e o neocolonialismo", disse o embaixador paquistanês em Cuba, Kamran Shafi, durante a cerimônia de entrega em Havana, segundo destacou o site do Ministério de Relações Exteriores de Cuba.
O diplomata acrescentou que Fidel "sempre será lembrado por sua ajuda voluntária, generosa e sem precedentes após o terremoto de 2005, quando enviou imediatamente a Brigada Médica Henry Reeve, formada por mais de 2.500 médicos e paramédicos cubanos".
Enquanto isso, o vice-ministro de Relações Exteriores de Cuba, Rogelio Sierra Diaz, agradeceu ao povo e ao governo do Paquistão pela distinção conferida ao líder da Revolução Cubana e observou que é "um marco nos laços tradicionais de amizade e cooperação que unem os dois países".
"Foi um enorme esforço de recursos humanos e materiais", disse Sierra, acrescentando: "Em um período de nove meses, eles trataram mais de um milhão e setecentos mil pacientes das áreas mais intricadas e frias do Paquistão e doaram todo o equipamentos médicos e materiais de campanha que eles usaram, guiados pela máxima do nosso líder que 'Cuba compartilha o que tem, não o que resta'".
O vice-ministro de Relações Exteriores de Cuba lembrou que, para consolidar a ajuda, Fidel Castro ofereceu ao governo do Paquistão 1.000 bolsas de estudo médicas, para que os jovens paquistaneses fossem treinados com o espírito de ajudar suas comunidades.
"Hoje temos o prazer de observar que mais de 900 alunos concluíram seus estudos de maneira satisfatória, incluindo cem que fizeram um diploma de ouro", afirmou o diplomata.
Cuba e Paquistão mantêm relações diplomáticas há 63 anos, período em que um diálogo fluído e uma estreita cooperação foram mantidos bilateralmente e em fóruns como o Movimento dos Não-Alinhados, o Grupo dos 77, a Assembleia Geral da ONU, entre outros.