Mais anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia mostrou pedaços dos mísseis que foram lançados na Síria pelos EUA, Reino Unido e França em 14 de abril. Entre o equipamento militar, foi exposto um míssil Tomahawk que não atingiu o alvo por problemas técnicos. Sergei Rudskoy, chefe da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas russas, declarou que os dados recebidos durante a análise dos mísseis americanos podem ser usados para melhorar as armas da Rússia.
A Popular Mechanics acredita que os mísseis "capturados" serão usados em testes. Normalmente, com ajuda do suporte de testes são analisados os comandos do sistema de precisão do míssil. "Essa primeira avaliação é somente o início da 'morte' do míssil capturado", escreve a revista.
Futuros testes podem durar anos e, finalmente, levar ao "suicídio" do míssil.
"O combate eterno entre os designers norte-americanos e russos de equipamento militar vai continuar", resumiram especialistas estadunidenses.
O diretor do Centro de Estudos Militares e Políticos do Instituto Estatal de Moscou de Relações Internacionais (MGIMO) Aleksei Podberezkin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, explicou quais seriam os objetivos da análise dos mísseis americanos.
Para o analista, a Rússia quer detalhar a base microeletrônica e capacidades de pontaria dos mísseis.
Aleksei Podberezkin frisou que o objetivo é estudar a instalação de movimentação. "Está em curso modernização constante dos mísseis de cruzeiro na Rússia e nos EUA, e as novas gerações ou até uma simples modificação de algum míssil já o tornam completamente diferente dos modelos anteriores", afirmou.
"No entanto, não acredito que o que restou dos mísseis norte-americanos tem grande importância", concluiu o especialista.