Nas vésperas da sua visita a Moscou, agendada para 9 de maio, o chefe do governo israelense voltou a dizer que Israel não suportará a presença militar iraniana nas suas fronteiras do norte mesmo caso isso leve a ações militares. Adianta-se que o premiê israelense também assistirá à 73ª Parada da Vitória na Praça Vermelha.
O político assegura que, ao longo dos últimos meses, o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica tem enviado à Síria modernas armas defensivas e ofensivas, inclusive drones de ataque, sistemas de defesa antiaérea e mísseis da classe ar-ar.
"Estamos prontos a impedir a agressão iraniana contra nós, mesmo que isso signifique um conflito. É melhor ser agora que tarde demais. Os países que não estão dispostos a agir na hora terão que pagar caro", disse Netanyahu. Ele acrescentou que Israel não busca uma escalada, mas está "pronto para qualquer cenário".
Israel considera a situação no país vizinho, a Síria, (onde Tel Aviv busca impedir o aumento do peso iraniano e alcançar o mesmo entendimento da situação por parte de Moscou), como um tema central na agenda bilateral com a Rússia e um fator central da sua ampliação nos últimos anos.
A administração do premiê israelense afirma que a reunião com Putin foi acordada na segunda-feira (30) durante uma conversa telefônica dos dois líderes, logo após Netanyahu comunicar que a inteligência do país tinha encontrado 100 mil documentos que provam a existência de um programa nuclear clandestino no Irã.