Notícias do Brasil

OEA quer explicações sobre execução de Marielle Franco

A OEA – Organização dos Estados Americanos pediu explicações ao Governo brasileiro sobre a execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. O pedido foi feito durante audiências da CIDH – Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que terminam nesta sexta-feira, em Santo Domingo, na República Dominicana.
Sputnik

Ao todo, 20 organizações brasileiras encaminharam o pedido à CIDH. Em entrevista à Sputink Brasil, Edson Diniz, diretor da Associação Redes da Maré, uma das organizações que entraram com o pedido junto à Comissão, reitera que o Governo precisa dar uma resposta à sociedade.

"É preciso denunciar isso!", afirma ele. "O Governo precisa dar uma resposta à sociedade o mais rápido possível. A morte da Marielle precisa ser esclarecida, para dizer que a sociedade não tolera esse tipo de ação", enfatiza Edson Diniz, que foi professor da vereadora criada no Complexo da Maré.

Policiais estavam em carro usado no assassinato de Marielle Franco, diz jornal

O assassinato da parlamentar do PSOL completa 2 meses na segunda-feira, 14, e ainda não houve indiciamento dos responsáveis. Além do caso Marielle e Anderson, o Governo brasileiro é questionado sobre a constitucionalidade da intervenção federal na segurança do Rio, as supostas violações dos Direitos Humanos ocorridas neste período e o assassinato de jovens negros.

"A juventude negra é a que mais morre nesses confrontos, a partir da ação tanto de grupos criminosos, quanto das forças de segurança", diz Edson Diniz. "Todos os dados apontam para um verdadeiro genocídio dessa população. O Governo precisa ser responsabilizado para tomar ações preventivas que evitem que a gente perca gerações de jovens negros oriundos das favelas e periferias do Rio de Janeiro."

As organizações presentes na audiência na OEA solicitaram aos comissários da CIDH uma visita ao Brasil e uma recomendação ao Estado brasileiro quanto à adoção de um modelo de segurança pública que respeite os direitos humanos e atue na prevenção e redução da violência, incentivando o controle interno, externo e social da atividade policial.

Comentar