'Crimeia é Rússia', embaixada russa responde a Washington sobre abertura da ponte

Os comentários dos Estados Unidos sobre a Ponte da Crimeia, que passa através do estreito de Kerch, são previsíveis e Moscou não está pedindo autorização a ninguém para construir projetos de infraestrutura em seu território, afirmou a embaixada da Rússia nos EUA em comunicado.
Sputnik

O Departamento de Estado dos EUA disse anteriormente que a ponte impede a navegação e a entrega de mercadorias na área e, portanto, os Estados Unidos estão acompanhando de perto a situação.

"Como já se poderia prever, Washington não está feliz com isso. Mas a Crimeia é a Rússia", disse a embaixada em comunicado divulgado na terça-feira (15). 

"Não vamos pedir permissão a ninguém para construir infraestrutura de transporte para o bem da população das regiões russas", acrescentou.

Desde 2014, as relações entre Moscou e Washington se deterioraram devido à crise na Ucrânia e à reunificação da Crimeia à Rússia após referendo. Os Estados Unidos e seus aliados não reconhecem os resultados do referendo, mas a Rússia sustenta que o plebiscito foi realizado em plena conformidade com o direito internacional.

Na terça-feira (15), o presidente russo Vladimir Putin abriu as estradas para carros e ônibus da ponte da Crimeia, ligando, assim, a península da Crimeia à região russa de Krasnodar. Trata-se da ponte mais extensa da Rússia, tendo comprimento de 19 quilômetros. A inauguração estava marcada para dezembro de 2018, mas os construtores concluíram trabalhos com antecedência.

A ponte já abriu o tráfego de carros da cidade de Kerch, relatou um correspondente da Sputnik nesta quarta-feira (16).

O tráfego de carros também foi iniciado na península de Taman, no sul da Rússia, na parte europeia do país.

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