Para ela, o jornalismo é fundamental para uma sociedade moderna e a liberdade midiática em um país é um termômetro para se conhecer a profundidade da democracia de uma nação.
"O fato de um jornalista ser preso sob acusação de atitudes 'subversivas' remete às ditaduras. A liberdade de imprensa deve ser preservada como um dos direitos mais fundamentais de uma sociedade, que precisa receber informação para poder formar opinião", afirma.
Ela ressalta que a crítica ao poder público é parte do ofício do profissional no jornalismo, cujo papel é de "fiscalizar o poder e acompanhar a implementação das políticas públicas". Com isso, o jornalista pode denunciar abusos e apontar saídas para a sociedade.
"Quando esse exercício é ameaçado, a democracia também sofre. Por fim, quem perde é a sociedade, que fica refém de fontes controladas de informação e passa a ter uma percepção manipulada das políticas do país", aponta Maria Carolina Trevisan.
A Sputnik Brasil também conversou na quarta-feira (16) com Maria José Braga, presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) sobre o caso. Ela condenou a prisão e exigiu "a imediata libertação do jornalista Kirill Vyshinsky".
A organização, através de seu secretário-geral, publicou nota em seu site pedindo às autoridades ucranianas que "deixem os jornalistas trabalhar livremente".
Mais cedo nesta quinta-feira (17) o tribunal ucraniano da cidade de Kherson colocou o jornalista sob custódia por 60 dias. O advogado de Kirill Vyshinsky afirmou que irá recorrer da decisão.