A investigação, realizada pelo portal on-line The Intercept em colaboração com o canal japonês NHK, lançou luz sobre o dito lugar misterioso.
Segundo Ryan Gallagher, a DFS conta com 1.700 membros e ao menos seis instalações de vigilância. Um ex-funcionário, Atsushi Miyata, contou que seu trabalho incluía a vigilância a "países vizinhos", tais como a Coreia do Norte, e suas atividades militares. Além disso, Miyata desvendou que as informações obtidas pela DFS não podem ser compartilhadas com outras agências do governo japonês e que até o próprio Ministério da Defesa do Japão não "sabe o que fazemos".
Apontam para 'provedores inteiros de serviço de Internet'
Além disso, Gallagher revelou detalhes sobre uma das principais instalações da DFS, Tachiarai, localizada entre as cidades de Tachiarai e Chikuzen. Este centro de vigilância tem sido utilizado pelas autoridades japonesas para um programa secreto de vigilância à Internet com o codinome MALLARD. De acordo com o jornalista, desde meados de 2012, o centro está coletando dados sobre sessões de Internet, bem como informações sobre potenciais ataques cibernéticos.
Por sua vez, Edward Snowden, ex-agente de inteligência dos EUA, comentou ao repórter que os espiões da DFS têm como alvo "provedores inteiros de serviço de Internet" e não um só cliente.
Finalmente, Gallagher referiu-se a um porta-voz do Ministério da Defesa japonês, que disse que "as coletas de informações" do país são necessárias para a "segurança nacional" e são efetuadas "de acordo com as leis e regulamentos".
Segundo Gallagher, os EUA continuam trabalhando em conjunto com agências de inteligência japonesas para monitorar a comunicação dos países asiáticos.