O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, declarou nesta terça-feira (29), que a postura de ultimato da Austrália e da Holanda em relação à indenização de familiares das vítimas da queda do avião da Malaysia Airlines é inapropriada.
"Todas as evidências documentais […] que nós repetidamente fornecemos, incluindo os resultados dos testes levados a cabo pelo fabricante do sistema de defesa antiaérea Buk, Almaz-Antei, foram rejeitadas", assinalou o chanceler russo.
Ele apontou também que as informações fornecidas incluíram os dados primários dos radares russos. De acordo com eles, "o míssil não podia ter partido do ponto de onde, segundo a investigação, ele foi lançado".
Anteriormente, o grupo de investigação internacional apresentou os resultados preliminares da investigação do incidente. De acordo com eles, o Boeing da Malaysia Airlines foi abatido por meio de um sistema de defesa antiaérea Buk, pertencente à 53ª Brigada de Defesa Antiaérea russa. Moscou desmentiu categoricamente tais afirmações.
O presidente russo, Vladimir Putin, frisou que Moscou pode reconhecer os resultados da investigação somente caso o país participe dela plenamente. Ele assinalou que a Rússia já tinha proposto realizar uma investigação conjunta, porém, isso não foi aceite. Entretanto, a Ucrânia, não obstante não ter fechado o espaço aéreo sobre o território das ações militares (o que contradiz as normas internacionais), está participando da investigação.