O grupo de cientistas, liderado por Sean McMahon, supõe que os rochedos ricos em ferro, localizados perto de antigos lagos secos em Marte, são o melhor lugar para pesquisar traços de organismos vivos que podiam ter vivido no Planeta Vermelho há bilhões de anos, segundo o estudo, publicado no Journal of Geophysical Research: Planets.
O planeta tinha água em estado líquido entre 4100 e 3500 milhões de anos atrás quando Marte possuía uma atmosfera densa que impedia penetração de radiação solar maligna.
Especialistas internacionais analisaram dados disponíveis e determinaram os lugares mais convenientes para buscar traços da vida de microrganismos em Marte, se esta tivesse existido. Entre as regiões indicadas estão sedimentos de lagos ricos em ferro e sílica que correspondem ao ambiente redução-oxidação, propício para bactérias com metabolismo anaeróbico. Os sedimentos também são convenientes para a fossilização — processo de decomposição e transformação de organismos mortos em fósseis.
Antigas fontes quentes também podem ser um lugar adequado para buscas, mas primeiro é preciso provar sua existência em Marte.
Em 2020, a NASA planeja iniciar a missão Mars 2020 no âmbito do programa duradouro Mars Exploration Program. A empresa espacial enviará ao Planeta Vermelho um aparelho, destinado a estudar rochas antigas e a buscar vestígios de vida no planeta. Este terá um drone de reconhecimento e contará com manobrabilidade mais eficaz do que seu antecessor. Porém, cientistas acham que o sucesso da missão dependerá em grande parte do lugar de pouso escolhido.