O especialista militar Viktor Baranets comentou os planos em entrevista concedida ao serviço russo da Rádio Sputnik enfatizando que a Rússia evoluiu significativamente nessa área.
"A Rússia usou mais de 400 tipos de armas e equipamentos militares na Síria. Isto é muito certo, porque somente aquele armamento que passa pela guerra e que foi testado em situação de combate real pode ser considerado confiável […] O presente mais valioso para nós foi o fato de que a inteligência da síria concedeu à Rússia alguns mísseis Tomahawk intactos. Naturalmente o dispositivo eletrônico dos mísseis é de maior interesse para os nossos especialistas, seu 'cérebro eletrônico', geradores, unidades e outros componentes podem ajudar a desenvolver receitas de combate contra as armas estrangeiras", disse o analista.
Ele enfatizou que a Rússia alcançou grandes sucessos no ramo do desenvolvimento de sistemas de guerra eletrônica e o estudo de mísseis norte-americanos pode ajudar a avançar ainda mais.
"Os próprios norte-americanos reconhecem que a Rússia criou um sistema potente de guerra eletrônica nos últimos anos. E, sem dúvidas, a experiência síria é inestimável nesse sentido. Agora conhecemos o 'passaporte' do inimigo. Podemos abrir esses mísseis, entender seu sistema de controle e vamos elaborar nosso sistema com base nesta experiência", concluiu Baranets.
Estados Unidos, Inglaterra e França argumentam que todos os mísseis atingiram o alvo designado. No entanto, o Estado-Maior russo negou essas informações depois de uma análise detalhada. Os fragmentos recolhidos e o estudo das crateras provocadas pelos mísseis levaram à conclusão de que os alvos não foram atingidos por mais de 22 mísseis. A maioria dos mísseis "inteligentes" atingiu instalações agrícolas que não tinham relação com alvos militares.
Não houve mortes em decorrência dos bombardeios e os danos também foram mínimos. O exército sírio repeliu o ataque com sistemas de defesa antiaérea S-200, S-125, entre outros.