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Lula foi julgado por motivos políticos e não por motivos legais, diz acadêmico

Nesta última semana, cerca de 300 acadêmicos e intelectuais de algumas das principais universidades do mundo assinaram um manifesto intitulado: "Lula da Silva é um prisioneiro político. Lula Livre!", em que pedem a imediata libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e denunciam uma suposta perseguição política contra o petista.
Sputnik

Em entrevista à Sputnik Brasil, James Green, professor de história latino-americana da Universidade Hebraica de Jerusalém, um dos signatários do documento, disse que o Judiciário brasileiro quer tirar Lula das eleições.

"O julgamento contra ele foi feito por motivos políticos e não por motivos legais, à medida que o Judiciário resolveu julgar o caso dele muito rápido e as acusações referentes ao triplex não têm muitas provas claras. Para mim foi um motivo encontrado por setores do Judiciário juntamente com setores da sociedade brasileira para anular a candidatura de Lula como presidente, porque sabemos que ele é o candidato mais forte neste momento", afirmou.

Militantes lançam pré-candidatura de Lula no Brasil e na França
O manifesto organizado pela Fundação Perseu Abramo destaca que Lula está sendo vítima de Lawfare, prática em que o uso de leis é feito para atingir um inimigo político.

Green disse que a comunidade internacional está preocupada com a situação do Brasil e com a prisão de Lula.

"O Brasil tem uma história, uma tradição de olhar para fora e se preocupar com a opinião pública internacional, então eu e muitos intelectuais internacionais nos preocupamos com a situação no Brasil, com o fato de que Lula tem que ser o candidato para a presidência, nós achamos que a democracia brasileira não pode funcionar quando um dos candidatos não pode ser candidato à presidência", completou.

Lula está preso desde o começo de abril na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, no Paraná.

Ouça a entrevista na íntegra:

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