Venezuela emitirá 100 milhões de petros no valor de US$ 6 milhões

A criptomoeda é percebida em Caracas como uma ferramenta contra sanções e conta com garantias do governo.
Sputnik

A Venezuela planeja emitir 100 milhões de petros, moeda digital lastreada em petróleo, pelo valor de 6 milhões de dólares (R$ 23,4 milhões). O embaixador da Venezuela na Rússia, Carlos Faría Tortosa, estimou as vantagens desta oferta em uma conferência sobre economia digital celebrada na quinta-feira (7) em Moscou.

"Não há outra criptomoeda com garantias similares, que seja tão atrativa e segura", disse Faría Tortosa à Sputnik, ressaltando que o governo venezuelano tem se programado para criar quatro zonas econômicas com funções especiais para o petro.

Maduro declara ilha no norte da Venezuela como 1ª zona petro do país
Caracas considera a criptomoeda como uma ferramenta para resistir às sanções dos Estados Unidos, explicou o diplomata. O presidente Nicolás Maduro se viu "forçado" a apresentar estre projeto perante a pressão política e financeira que os Estados Unidos exercem sobre o país latino-americano.

Cuba e Irã são países sancionados há décadas e Rússia se familiarizou com esta situação nos últimos anos, afirmou. "Precisamos usar as vantagens que essas tecnologias podem oferecer contra o agressor", sugeriu.

A Venezuela se tornou o primeiro país a emitir uma moeda digital lastreada em um ativo físico, no caso, na produção de petróleo local. As vendas do petro começaram em março, após um mês de pré-venda.

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