A denúncia foi feita na sexta-feira (8), e está relacionada com as multas aplicadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) ao movimento de greve de 72 horas, aplicadas em 29 de maio. A multa inicial, de R$ 500 mil por dia, quadruplicou na manhã seguinte e atingiu R$ 2 milhões, interrompendo a paralisação.
Para os dirigentes ouvidos pela Sputnik Brasil, o governo brasileiro de Michel Temer já está desmoralizado no cenário internacional e a denúncia é apenas mais um fator nesse processo. A questão trabalhista é mais um motivo de desmoralização.
No dia 27 de maio deste ano, a OIT já havia colocado o Brasil em sua lista suja de 24 países violadores das normas trabalhistas internacionais.
Na ocasião da 107ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra, o atual ministro do trabalho, Helton Yomura (PTB), chegou a rebater a decisão da organização por considerar a medida uma "escolha político-ideológica".
Outro ministro que rebateu a OIT foi o chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, que acusou a organização de "politização" do processo de escolha da chamada lista suja.
Petroleiros seguem movimento para construção de nova greve
Ao longos das últimas semanas, a Federação Única dos Petroleiros tem se reunido com o intuito de organizar uma nova greve.
A FUP tem se posicionado contra o que chama de processo de privatização das estatais brasileiras, incluindo a Petrobras e a Eletrobras.
Na quinta-feira (7), a FUP organizou uma manifestação contra a 4ª rodada de leilões do pré-sal, que vendeu a empresas estrangeiras como a Shell, a ExxonMobill e a Chevron, os direitos de exploração de 3 áreas nas bacias de Campos e Santos pelo valor de R$ 3,15 bilhões.
A manifestação foi organizada em frente ao prédio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Centro do Rio de Janeiro.