Especialista explica como seria melhor usar novíssimos mísseis russos Sarmat

Os mísseis Sarmat serão colocados em silos de lançamento vulneráveis, por isso seria razoável equipá-los com uma-duas ogivas para que a Rússia possa restaurar seu potencial nuclear de retaliação caso seja necessário, disse à Sputnik o especialista em segurança internacional, Aleksei Arbatov.
Sputnik

Anteriormente se comunicou que os mísseis balísticos intercontinentais RS-28 Sarmat iriam substituir os mísseis de silos mais potentes no mundo, RS-20V Voevoda (na classificação da OTAN, SS-18 Satã), nas divisões da Força Estratégica de Mísseis da Rússia.

Que modernizações passa MiG-31 para portar novíssimos mísseis Kinzhal?
"Os novos mísseis Sarmat serão instalados em silos vulneráveis que já eram conhecidos 30 anos atrás. Com a precisão das armas modernas, eles ficariam na cratera de uma explosão nuclear. Por isso, acho eu, se se instalar os Sarmat, é preciso equipá-los com uma ou duas ogivas, isso os tornaria em um alvo pouco atraente. Já se se instalar neles umas dez ou vinte ogivas, eles se tornam um alvo vantajoso, pois podem ser eliminados por um míssil com uma ou duas ogivas", explicou Arbatov nas margens do Fórum Internacional de Luxemburgo de Prevenção de Catástrofes Nucleares.

De acordo com o acadêmico, nos EUA, mísseis como o Minuteman também são instalados em silos semelhantes com uma ogiva só. Na opinião dele, a Rússia poderia fazer o mesmo para garantir a capacidade de restaurar seu arsenal nuclear em uma situação que o exija.

"Graças a isto, poderíamos pôr em serviço mais sistemas como Yars e Bulava, bem como construir mais submarinos Borei […] Enquanto isso, se pode deixar uma reserva de posicionamento nos mísseis Sarmat, de mesma forma como os EUA o fazem", opinou.

Comentar