Segundo o serviço de imprensa da SFU, "os cientistas siberianos foram convidados pelos italianos como parte de um plano para reinterpretar o legado cultural da região e torná-lo mais popular, acessível e atraente para a população local e os turistas". A estrutura do parque é representada por uma rede de trilhas que consistem em nove rotas com um comprimento total de cerca de 54 quilômetros.
"Os padrões de desenvolvimento urbano no território próximo ao vulcão são densos, não há áreas de recreação para os cidadãos", disse a chefe do projeto e professora sênior do Departamento de Design de Construção e Real da Escola de Engenharia e Construção da SFU, Lyudmila Makarova. Há ainda a necessidade de integrar o parque na área urbana circunvizinha. Isso envolve coordenar os projetos de construção com os planos gerais para o desenvolvimento da rede de instituições culturais e domésticas da cidade e levar em conta as áreas de recreação e a interligação do sistema de transporte nas proximidades, acrescentou Makarova.
De acordo com os designers, as áreas de recreação do parque contarão com paisagens naturais. Todas as instalações de saúde e fitness serão fundidas em um único complexo, que, com exceção das ciclovias a serem descentralizadas, será criado nas áreas abertas da cidade.
Além disso, o design apresenta um espaço educacional. Os designers propuseram a criação de uma zona cultural e educacional separada, com pequenos pavilhões de exposição que oferecessem informações sobre a história e a cultura da Itália. Há também a opção de espalhar estas instações pelo parque.
"Este tipo de transporte tem uma série de vantagens", observou Lyudmila Markova. "Em primeiro lugar, a construção de caminhos para este sistema exigirá menos dinheiro do que a construção de estradas comuns. Em segundo lugar, esta é uma grande oportunidade para utilizar parte da paisagem e tornar possível alcançar o topo do vulcão rapidamente".
Outra parte do design é dedicada ao estudo da flora do parque. A diretora do Jardim Botânico da SFU, Yelena Selenina, afirmou que a atual situação de crescimento urbano desordenado tem um efeito perturbador no ecossistema local. "O banco de sementes do solo é muito grande; no entanto, isso não tem efeito sobre os processos de reflorestamento".
Entre as principais razões para a má regeneração das florestas de pinheiros, Selenina elencou a infestação de ervas daninhas e a invasão de carvalhos. A especialista acredita que as florestas de pinheiros na encosta sul do Monte Vesúvio, que desempenham funções de formação florestal, hidrotécnica e climática, exigem esforços para promover processos naturais de reflorestamento. Selenina também apontou que os designers devem preservar essas florestas em seus planos.
"As florestas da encosta norte, localizadas até 765 metros acima do nível do mar, são perfeitas para organizar espaços para recreação", acrescentou.
Em comunicado enviado à imprensa, a SFU afirmou que o projeto já foi apresentado à Itália e foi elogiado pela administração do parque nacional. Sua implementação adicional depende da coordenação bem-sucedida entre os municípios em que o parque está localizado e as instituições russas.