O aborto legal foi autorizado na Câmara dos Deputados e recebeu o apoio das pessoas de Buenos Aires.
Poucos imaginavam três meses atrás, quando o presidente Mauricio Macri decidiu iniciar o debate, que a legalização do aborto seria aprovada em ao menos uma das duas câmaras. Agora o projeto de lei passará para o Senado, que é mais conservador.
Atualmente, o aborto é ilegal, com exceção de casos de estupro e de risco de saúde para a mãe. As mulheres que abortam podem enfrentar de um a quatro anos de prisão.
A aprovação na Câmara dos Deputados é histórica, mas conseguir que se torne lei será tarefa mais difícil no Senado argentino. Muitos legisladores das províncias do norte, mais conservadores e com maiorias sociais contra o aborto, já disseram que iam votar contra. Há uma enorme expectativa para saber qual será o voto da ex-presidente Cristina Kirchner. Em seus oito anos de mandato, ela se opôs a iniciar debate por ser contra aborto, mas não se sabe se, influenciada pela filha e pelos jovens argentinos, esteja disposta a mudar de opinião, conclui o El País.