Enquanto o conselheiro especial Robert Mueller prossegue com sua investigação sobre o suposto "conluio" entre a campanha de Donald Trump e a Rússia durante a corrida eleitoral de 2016, o inspetor-geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz anunciou os resultados de sua investigação sobre o caso do FBI sobre o caso de Hillary Clinton.
Além disso, o relatório revelou que o ex-chefe do FBI tinha sido "insubordinado" quando anunciou que a então candidata presidencial do Partido Democrata, Hillary Clinton, não seria acusada de mau gerenciamento de informações confidenciais ao não informar a ex-Procuradora-Geral Loretta Lynch de sua decisão.
Para o constrangimento de Comey, descobriu-se que ele próprio usara um e-mail particular durante a condução dos afazeres diários no FBI, o que contradizia as regras da agência.
No entanto, defensores de Trump aparentemente querem puxar o tapete da equipe de Mueller e minar a credibilidade do inquérito Trump-Rússia, observou Robert Costa, do The Washington Post. Segundo o jornalista, os republicanos acreditam que as descobertas "irão ferir ainda mais a credibilidade de Mueller com o público e fortalecer o presidente".
"Como tenho dito o tempo todo, é tudo uma grande fraude dos democratas baseada em pagamentos e mentiras. Nunca deveria ter sido escolhido um Conselho Especial [para investigar o caso]. Caça às bruxas!" Trump twittou em 28 de abril.
Por outro lado, os observadores não excluem que o relatório de Horowitz possa levar a uma nova investigação sobre o caso de e-mail da ex-candidata democrata à presidência e ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
Enquanto Democratas aparentemente lutam para encontrar um líder que possa unificar o Partido, nem tudo é cor de rosa para os Republicanos. De acordo com Jennifer Rubin, do Washington Post, alguns senadores republicanos estão frustrados com as políticas de Trump, chamando a liderança do presidente de uma espécie de "culto". Juntamente com os chamados "Never Trumpers" (Trumpistas Jamais, em tradução livre), eles formam uma oposição ao presidente dentro da própria sigla.
A luta política em curso nos EUA pode dividir ainda mais a sociedade americana antes das eleições. Quase um ano atrás, uma pesquisa nacional da Universidade Quinnipiac indicou que 62% dos eleitores acreditavam que o presidente dos EUA estava dividindo o país, enquanto apenas 31% disseram que ele iria unir o país. A dura guerra entre Republicanos e Democratas provavelmente aumentará a brecha.