Clinton chama Putin de 'supremacista branco autoritário'

A ex-candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, criticou o presidente russo, Vladimir Putin, a quem acusou de enfraquecer a Europa.
Sputnik

Clinton fez um discurso no Trinity College em Dublin, na Irlanda, onde recebeu um diploma honorário nesta sexta-feira.

Falando para uma platéia de estudantes, ela criticou o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin.

"Vladimir Putin se posicionou como o líder de um movimento autoritário, da supremacia branca e da xenofobia, que quer acabar com a UE, enfraquecer as alianças tradicionais dos EUA e minar a democracia", disse Clinton.

Gorro russo era o que faltava no estilo anti-Rússia de Clinton
"Podemos ver esse movimento autoritário surgindo no Kremlin, atingindo toda a Europa e além. Está encorajando nacionalistas de direita, separatistas, racistas e até neonazistas. Estamos vivendo uma era em que os direitos fundamentais, a virtude cívica, os fatos e a razão estão sob ataque", continuou ela.

Em 2016, Vladimir Chizhov, enviado russo na UE, disse que a Rússia deseja que a UE permaneça intacta e que se torne forte.

"Queremos ver a UE unida, poderosa, com uma atitude positiva em relação ao nosso país e, o que é importante, mais independente na tomada de decisões", disse ele na época. Ele reiterou essa posição em março de 2017.

Em fevereiro de 2018, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também reiterou a posição de Moscou em relação à UE.

"Queremos ver a Europa poderosa e estável. Este é nosso maior parceiro comercial e econômico, apesar de todos os acontecimentos dos últimos três anos que todos conhecemos. A Europa continua sendo nossa maior parceira — e parceira de investimentos", disse ele à Euronews.

Clinton mais uma vez afirmou que a intromissão russa foi a razão de sua derrota nas eleições. Ela disse que a interferência de Moscou na eleição presidencial de 2016 foi "mais do que alarmante" e ameaçou todas as democracias, de acordo com um relatório do site de notícias irlandês RTE.

Clinton também criticou Trump, dizendo que o atual governo está "determinado a travar uma guerra contra o estado de direito", "solapando a verdade e a razão" e "perpetrando corrupção descarada".

Antes do discurso, Clinton se reuniu com o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, para discutir "questões de igualdade de gênero", segundo a edição irlandesa do Independent. O povo irlandês, em 26 de maio, votou em massa pela descriminalização do aborto.

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