Durante a conferência de imprensa realizada em Moscou, o jornalista da CNN perguntou imediatamente "com que base" a Casa Branca considerou o encontro apropriado, já que a "Rússia não mudou seu comportamento em nenhum dos pontos pelos quais foi submetida a sanções".
"O presidente Trump e o presidente Putin acreditam que é necessário debater e realizar discussões sobre os problemas comuns e identificar áreas de cooperação, porque as relações bilaterais entre a Rússia e os Estados Unidos influenciam a estabilidade de todo o mundo", respondeu Bolton.
O presidente norte-americano participará da próxima cúpula da OTAN marcada para 11 e 12 de julho, e em 13 de julho ele visitará Londres. Depois disso, Trump se reunirá com o presidente russo em Helsinque. A Grã-Bretanha espera por esse encontro com grande preocupação, informou a agência norte-americana Bloomberg citando um ministro do gabinete britânico.
Os mesmos temores também foram compartilhados pelos interlocutores da revista The Times. Segundo eles, Washington é capaz, em resultado das negociações, de abandonar os exercícios conjuntos da OTAN na Noruega ou até mesmo de reconhecer a Crimeia como parte da Rússia.
Para Fyodor Lukyanov, presidente da mesa do Conselho para Política Externa e de Defesa, estes são cenários absolutamente fantasiosos. Segundo ele, Trump não tem nenhum motivo para retirar as tropas da OTAN das fronteiras orientais. Além disso, a retirada das tropas e a suspensão dos exercícios perto da península coreana ainda não significam nada. Trump é conhecido como um adepto de transações e não de acordos.
Por sua vez, para o analista norte-americano Richard Weitz, o presidente Trump está com as mãos atadas em relação a Moscou e o Congresso não permitirá que ele dê certos passos, especialmente quanto às sanções. Além disso, os aliados dos EUA impedirão a intenção de Trump de reabrir as portas do G8 à Rússia.
No entanto, Washington não visa alcançar obrigatoriamente quaisquer acordos. Segundo Bolton, "o fato do encontro em si já é muito importante".