Ao estudar os dados recolhidos pela sonda Cassini, desintegrada em 2017, um grupo internacional de cientistas descobriu que a camada de gelo que cobre Encélado — de 40 quilômetros de espessura — reúne todos os requisitos para abrigar vida, conclui estudo publicado na revista Nature. O satélite natural é a sexta maior lua de Saturno.
Já se sabe que os gêiseres com água extraterrestre neste satélite contêm vasta gama de componentes interessantes, entre eles há sal, óxido de silício e outros compostos de carbono simples. Mas o último estudo revelou que lá também há moléculas grandes e ricas em carbono, o que significa que o satélite possui elementos necessários para a vida.
Apesar de "as moléculas orgânicas complexas não necessariamente garantirem um ambiente habitável, são o precursor vital para a vida", indica Frank Postberg, professor da Universidade de Heidelberg, citado pelo jornal The Independent.
Vale destacar que, segundo opinam cientistas, o que foi descoberto pela Cassini será muito significativo para a próxima geração de exploração espacial.
"É, por exemplo, uma das maiores perguntas da ciência: a vida extraterrestre — sim ou não. [Encélado] é o primeiro lugar para verificá-la", opina Postberg.