Em 29 de junho, durante seu briefing na Casa Branca, Trump não descartou reconhecer a Crimeia como parte da Rússia, bem como retirar as sanções aplicadas a Moscou.
"É um estilo comum de Trump – mostrar incerteza e que tudo pode mudar […] Para os EUA em geral e para o próprio Trump a Crimeia não representa um grande valor, porque tem outras tarefas", afirmou o especialista ao canal RT.
"Entretanto, há que entender que Trump não é uma pessoa omnipotente, no país existe um sistema de freios e contrapesos. Consequentemente, mesmo que desejasse com todo o seu coração reconhecer a Crimeia [como parte integrante da Rússia], levantar as sanções e assim por diante, isso não acontecerá", explicou o analista.
Ele acrescentou que entre os Partidos Democrata e Republicano dos EUA ainda há um "estável consenso antirrusso", por isso agora é impossível que Washington levante as sanções ou reconheça a Crimeia.
Desde 2014, as relações entre Moscou e Washington se deterioraram devido à crise na Ucrânia e à reunificação da Crimeia à Rússia após um referendo. Os Estados Unidos e seus aliados não reconhecem os resultados do referendo, mas a Rússia sustenta que o plebiscito foi realizado em plena conformidade com o direito internacional.