Como Pequim tenta salvar economia mundial dos ataques devastadores dos EUA

Enquanto a China declarou que defenderá os princípios da OMC, contribuirá para a construção de uma economia mundial aberta e combaterá o protecionismo, a administração de Donald Trump planeja apresentar um projeto de lei que daria a Washington poderes para ignorar as regras da OMC. Especialistas em assuntos internacionais comentam a situação.
Sputnik

O ministro do Comércio da China, Zhong Shan, afirmou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) é o centro do sistema de comércio multilateral, sublinhando que a China continua sendo um participante ativo desse mecanismo e contribuindo para seu fortalecimento. 

Pequim enfrenta a tentativa dos EUA de destruir esse sistema. O portal Axios informou que a Administração Trump planeja apresentar para aprovação do Congresso um projeto de lei que daria a Washington poderes para ignorar os princípios básicos da OMC, o que é equivalente, de fato, à saída dos EUA da organização.

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O conflito entre as duas maiores economias é evidente. Possivelmente, o conflito pode se agravar se os EUA conquistarem o direito exclusivo de interpretarem à sua maneira as regras da OMC. 

A preocupação da China com as consequências devastadores das ações norte-americanas é compreensível, porque a criação de um sistema comercial aberto e livre em todo o mundo, sem dúvida, é do seu interesse, explicou o analista político russo Aleksandr Lomanov.

"É um exemplo concreto e clássico de mudança de liderança mundial. Os EUA sentem que as regras de comércio livre não correspondem aos seus interesses, ainda não trazem benefícios suficientes. Por isso os EUA tentam escapar desse sistema", explicou ele à Sputnik China.

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"A China, por sua vez, se tornou a segunda economia mundial e é muito sensível à conjuntura do comércio exterior, à possibilidade de obter tecnologias, comprar mercadorias e serviços de ponta, e, do mesmo modo, vender seus produtos industriais livremente e sem restrições. A China está se tornando o beneficiário principal desse sistema e, por isso, ela vai defender a OMC”, declarou o especialista. 

Para contribuir para liberação do comércio internacional, a partir de 1 de julho a China reduziu as tarifas de importação sobre 1.400 produtos, entre eles carros e peças para veículos. Além disso, Pequim reduziu sua lista de setores e atividades econômicas que têm importância estratégica, sujeitos a restrições para investidores e empresas estrangeiras.

Essas ações das autoridades chinesas mostram que Pequim se posiciona como líder da globalização e apoiante do comércio livre, opinou o especialista Liu Ying.

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"São medidas que contribuem para a liberalização do comércio, a simplificação das formalidades, a cooperação mutualmente vantajosa, preferências e benefícios mútuos", afirma ele.

Frente ao protecionismo comercial global e guerras comerciais, a China está promovendo a abertura externa, abrindo seu mercado e cooperando com outros países no setor do transporte e comunicações, enquanto alguns países incentivam o protecionismo.

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