Os pesquisadores advertem que, no futuro, as bactérias mutantes podem representar uma ameaça à vida, tanto no nosso planeta como para além da nossa atmosfera.
Observando as estirpes bacterianas da espécie Bacillus subtilis depois de uma estada de 31 meses no espaço, os pesquisadores encontraram um aumento de sua resistência a seis medicamentos antimicrobianos de oito estudados. Portanto, é possível concluir que as estirpes mais resistentes e agressivas sobrevivem mesmo mediante o impacto de uma série de fatores desfavoráveis inerentes ao espaço sideral.
Várias séries de experimentos foram realizadas na superfície do segmento russo da Estação Espacial Internacional (EEI) desde janeiro de 2005. Um deles foi o experimento intitulado Biorisk, como parte do qual aproximadamente a cada seis meses foram enviadas para a Terra amostras dos materiais de microrganismos alojados em um aparelho especial instalado na camada exterior da EEI.
Os cientistas russos alertam que os microrganismos terrestres que sofreram mutações durante a permanência na superfície externa da EEI podem representar um perigo para a vida em nosso planeta, o que significa que essa ameaça deve ser levada em conta entre as exigências de "quarentena planetária".
Eles também afirmam que pretendem usar os resultados da pesquisa para desenvolver medidas para proteger o planeta de tais ameaças. Os resultados desses estudos não apenas têm um interesse científico significativo, mas também uma importância prática para a justificação da estratégia de quarentena planetária na realização de futuros voos interplanetários.