'Empurrando velharia para Kiev': por que EUA forneceram à Ucrânia Javelin defeituosos?

Os EUA podem ter fornecido lançadores de mísseis Javelin defeituosos para evitar que estes sejam revendidos no mercado negro por Kiev e, portanto, prevenir sua passagem para as mãos dos terroristas, opinou o analista Igor Korotchenko, ao comentar as falhas reveladas na exploração dos lançadores de mísseis norte-americanos pelo exército da Ucrânia.
Sputnik

Anteriormente, na mídia surgiu uma cópia da carta correspondente do chefe do escritório de projetos de defesa ucraniano Luch, Oleg Korostelev, endereçado ao chefe do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Aleksandr Turchinov. De acordo com a carta, os sistemas antitanque Javelin não dispararam durante a demonstração de tiros na Ucrânia por seu prazo de funcionamento ter expirado.

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O chefe do Luch recomenda não usar os referidos sistemas em condições de combate, já que os seus motores necessitam de uma verificação adicional, caso contrário isso pode resultar na morte de militares.

"Acredito que os EUA forneceram propositalmente a Kiev sistemas defeituosos, já que a atual Ucrânia é um lugar de passagem, tendo em conta que generais ucranianos interesseiros poderiam revender Javelin a terroristas", assinalou o especialista.

"Assim, os norte-americanos simplesmente foram pelo seguro e, ao empurrar velharia para Kiev, minimizaram os riscos de vazamento dos sistemas no mercado negro", acrescentou.

De acordo com o analista, o incidente em questão custará a Kiev grandes prejuízos de imagem, já que a administração do presidente norte-americano, Donald Trump, demonstrou sua verdadeira atitude às autoridades ucranianas.

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"Para a administração de Trump, [o presidente ucraniano Pyotr] Poroshenko é um 'aborígene' europeu, a quem se pode dar de presente 'missangas' na forma de Javelin com valor zero, o que foi feito efetivamente. Todas as tentativas do presidente ucraniano de mostrar o exército ucraniano como um dos mais poderosos na Europa eram uma bolha de sabão que acabou por romper com consequências catastróficas para a imagem", adicionou Korotchenko em entrevista à agência.

Em 2017, as autoridades norte-americanas aprovaram a venda de armas a Kiev, incluindo os sistemas de mísseis antitanque Javelin. No entanto, Moscou avisou repetidamente a Ucrânia contra esses fornecimentos, porque isso resultaria na escalada da tensão em Donbass, no leste da Ucrânia.

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