Por que Crimeia e Donbass não poderiam ser retomados à força? Político ucraniano explica

O ex-ministro da Defesa da Ucrânia Anatoly Gritsenko explicou as consequências de uma tentativa de tirar a Crimeia da Rússia à força.
Sputnik

Segundo o político, existe um "plano não oficial" para acabar com o conflito em Donbass e esse cenário não prevê métodos de força.

"Eu posso dizer que, se a Ucrânia elegesse um presidente que tentasse tomar a Crimeia e Donbass à força, as sanções à Rússia seriam retiradas e introduzidas contra nós, e assim a Ucrânia iria acabar", declarou Gritsenko em entrevista ao portal Lb.ua.

Ele também observou que esse plano não será implementado.

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"Por que ele não está sendo realizado? Por dois motivos. O primeiro é que o plano é projetado para três a cinco anos e ele não será negociado com autoridades a quem resta menos de um ano [no poder]. O segundo motivo é a incapacidade das autoridades ucranianas de manter a palavra. Não apenas perante os seus cidadãos, mas também perante os parceiros. Por isso, com o atual presidente esse plano não será implementado", explicou o ex-ministro da Defesa.

Não é a primeira vez que a Ucrânia fala sobre o "retorno" da Crimeia e de Donbass. Previamente, o ex-presidente do país Leonid Kravchuk declarou que para acabar com o conflito em Donbass é preciso criar na região uma "organização da vida" especial, diferente da das outras regiões do país.

A Crimeia tornou-se novamente território da Rússia em março de 2014 em virtude do resultado do referendo realizado depois do golpe de Estado na Ucrânia. A favor da reunificação com a Rússia votaram 96,77% dos eleitores da República da Crimeia e 95,6% de Sevastopol.

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