De acordo com uma investigação do portal Politico divulgada no domingo, o plano, apelidado de Operação Reciprocidade, estipulou o uso de tribunais norte-americanos para processar comandantes do Talibã e seus traficantes aliados no Afeganistão. O grupo e aliados são responsáveis por mais de 90% da heroína do mundo.
Kaidanow justificou a decisão justificando preocupações com "a estratégia mais ampla dos EUA no Afeganistão".
"Essa foi a ferramenta mais eficaz e sustentável que tivemos para interromper e desmantelar as organizações afegãs de tráfico de drogas e separá-las dos talibãs. Mas ela está adormecida, enterrada em uma obscura sala de arquivos, quase esquecida", disse Michael Marsac, o principal autor do plano e então diretor regional da DEA para o Sudoeste da Ásia.
Os autores da Operação Reciprocidade também disseram acreditar que a verdadeira razão pela qual o plano foi arquivado era a preocupação em minar os esforços do governo Obama de envolver o Talibã nas negociações de paz. Os críticos da decisão esperam que o governo Donald Trump reconsidere e reative a Operação Reciprocidade, acrescentou o veículo.
O Afeganistão sofre há décadas de uma situação política, social e de segurança instável devido à atividade de vários grupos terroristas e radicais, incluindo o Talibã. Em 2001, os Estados Unidos invadiram o país para retirar o grupo do controle governamental afegão.