Rússia estaria tentando monopolizar a busca por exoplanetas?

Cientistas do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia propõem criar no país nos próximos 10 anos o observatório astrofísico espacial Astron-2 para, dentre muitas missões, detectar planetas de outros sistemas solares, contaram à Sputnik funcionários do instituto.
Sputnik

O mais famoso telescópio posicionado no espaço para detecção de exoplanetas corresponde ao observatório da NASA Kepler. Foi lançado em março de 2009, mas em 2013 deixou de funcionar por problemas no sistema de direção. No entanto, cientistas conseguiram posteriormente recuperar conexão de outras formas, mudando sua missão, ou seja, nada de detectar exoplanetas. Pelas estatísticas, até dezembro de 2017, Kepler detectou cinco mil candidatos a exoplanetas.

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"Telescópios do observatório Astron-2 permite estabelecer as características das estrelas, que possuem sistemas planetários, com uma exatidão antes inacessível. Por exemplo, a massa das estrelas será definida com uma exatidão de mais de 10%, os raios com uma exatidão entre 1% e 2%, e a idade com uma exatidão correspondente a 10%. Pesquisas de anões brancos e subanões das classes espectrais O e B permitem conseguir dados sobre suas pulsações, cujas observações com telescópios terrestres são quase impossíveis. O rumo importante dos estudos é detecção de novos planetas ao lado dos anões mencionados, o que dará dados importantes sobre características de sistemas 'estrela-planeta' nas últimas etapas da evolução sideral", contaram no Instituto.

Cientistas russos propõem equipar o observatório orbital com um telescópio grande e seis pequenos, o que permitirá não só estudar corpos celestes concretos, mas também criar um panorama de todo o Universo visível em vários espectros.

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De acordo com os planos, entre 2025 e 2035 o observatório será criado, depois do lançamento do observatório Spektr-UF. Cientistas ressaltam que a realização do projeto vai requerer menos dinheiro do que os projetos em discussão da NASA e da Agência Espacial Europeia na esfera astrofísica.

"O projeto será um avanço na esfera astrofísica e permitirá à Rússia ocupar sólido 'monopólio científico' no campo de pesquisa ultravioleta", notaram.

A Rússia está trabalhando na criação do telescópio ultravioleta Spektr-UF. O seu lançamento está marcado para 2024. Dentre as missões da criação, destaca-se o estudo da evolução do Universo e de exoplanetas atmosféricos. O aparelho obterá imagens e espectroscopia na faixa ultravioleta do espectro eletromagnético inacessível a aparelhos terrestres.

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