Caso de 'psiquiatria': especialista sobre planos do militar estoniano de vencer a Rússia

Um comandante estoniano contou como ele "derrotaria" o exército russo. Em entrevista ao serviço russo da rádio Sputnik, o chefe do Centro de Estudo de Problemas Sociais Aplicados de Segurança Nacional, Aleksandr Zhilin, vinculou a declaração à cúpula da OTAN iniciada em Bruxelas.
Sputnik

Anteriormente, o comandante das Tropas Especiais das Forças Armadas da Estônia, coronel Riho Uhtegi, descreveu como "venceria" o exército russo.

''Essa questão sempre provoca discussões. Por exemplo, os russos atingiriam Tallinn [capital estoniana] em dois dias. Pode ser. Mas não conseguiriam conquistar toda a Estônia em dois dias. Poderiam alcançar Tallinn, mas cortaríamos suas linhas de comunicação, de abastecimentos e todas as outras. Chegariam a Tallinn em dois dias, mas morreriam em Tallinn. E eles sabem isso", advertiu Uhtegi em entrevista à Politico.

Comando militar da Estônia sabe como 'vencer' exército russo
Segundo o coronel, conter a Rússia exige a participação não só de militares, mas de todos os estonianos. "Tentamos explicar às pessoas que a resistência durante a guerra começa hoje. Devemos estar prontos para tudo e ensinar as pessoas o que devem fazer se algo acontecer", afirmou.

Mais cedo, o ex-presidente da Estônia, Toomas Hendrik Ilves, disse à imprensa que a Rússia poderia perder o controle sobre São Petersburgo, Tomsk e Omsk se decidir atacar a Estônia.

Durante a entrevista, o especialista militar Zhilin comentou estas declarações.

"As declarações dos líderes militares estonianos sobre a Rússia supostamente estar pronta para atacar hoje ou amanhã […] tem mais relação com a psiquiatria do que com a política militar. A Federação Russa nem sequer considera a possibilidade de progressão para ocidente ou para qualquer outro lugar. Estônia, Letônia e Lituânia não representam, neste sentido, nenhum interesse. Mas, como agora em Bruxelas está decorrendo a cúpula da OTAN, então eles provocam histeria em relação à 'política agressiva da Rússia'', disse o analista.

''E essa histeria ocorre em obediência à ordem 'ataca' proveniente de Washington. Há relatos de que a OTAN precisa posicionar 30 esquadrilhas na Europa Oriental, assim como 30 navios de guerra, e mantê-los em estado de prontidão", acredita Zhilin.

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