Chanceler russo explica por que o país tem desenvolvido novas armas

A Rússia não quer ficar desarmada perante os EUA, o desenvolvimento de novas armas é necessário para a proteção da sua segurança, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na entrevista ao apresentador do canal RT, Larry King.
Sputnik

"Em 2002, quando o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que considera um erro a saída dos EUA deste tratado [sobre Mísseis Antibalísticos ou Tratado ABM], George W. Bush respondeu que eles tinham que construir o sistema de defesa antimíssil, que não era dirigido contra nós, mas contra outros países, tendo mencionado o Irã e a Coreia do Norte", lembrou o ministro.

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O Tratado ABM fora assinado pela União Soviética e os EUA em maio de 1972. O tratado não tinha prazo limite de vigência, mas poderia ser rompido a qualquer momento. Em 2001, Washington anunciou a saída do documento, e em 2002 o tratado deixou de existir.

Conforme Lavrov, depois disso a Rússia passou a desenvolver novas armas que fossem capazes de superar esse tipo de defesa.

"Os EUA saíram dele e começamos a elaborar novas armas que pudessem superar a defesa antimíssil porque não queremos ficar em uma situação de ficar desarmados perante os EUA, que possuem armas estratégicas e um escudo antimíssil estratégico — tal combinação implica uma grande tentação. Por isso, tentamos de alguma maneira defender a nossa segurança nesta situação — nada mais. Não pretendemos atacar ninguém, mas sim estar bem protegidos de qualquer ataque dirigido contra nós", ressaltou o ministro russo.

Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que as novíssimas armas russas apresentadas em 1º de março vão garantir a paridade estratégica com as principais potências militares.

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