Diplomata russo: defesa antimíssil Aegis no Japão faz parte do sistema americano global

O posicionamento do sistema Aegis Ashore no Japão vai significar o desdobramento do segmento Ásia-Pacífico do sistema antimíssil norte-americano global, declarou à Sputnik o embaixador da Rússia no Japão, Mikhail Galuzin.
Sputnik

Em dezembro de 2017, o governo do Japão tomou a decisão de posicionar dois sistemas terrestres norte-americanos de defesa antimíssil Aegis Ashore no território do país. Estes deverão ser implantados nas prefeituras de Akita, no noroeste do país, e em Yamaguchi, no sudoeste. Supõe-se que o seu alcance possa proteger todo o Japão. Cada instalação vai custar ao Japão cerca de 100 bilhões de ienes (quase 3,5 bilhões de reais). Tóquio conta com a sua entrada em serviço até 2023.

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"Consideramos que o posicionamento de tal tipo de equipamentos no território do Japão de fato significa o desdobramento do segmento Ásia-Pacífico do sistema global de defesa antimíssil dos EUA", disse Galuzin.

Além do mais, o embaixador ressaltou que não crê que os elementos do sistema antimíssil norte-americano Aegis Ashore sejam dirigidos só contra a Coreia do Norte.

Conforme Galuzin, a Rússia classifica o posicionamento do sistema antimíssil norte-americano como "um dos fatores principais que desestabilizam a situação na esfera da segurança global".

"Falando francamente, não podemos crer no que os parceiros norte-americanos dizem sobre o fato de esse sistema não estar dirigido conta a Rússia, mas contra o Irã ou a Coreia do Norte", ressaltou, adicionando que, apesar de o programa iraniano já se encontrar sob controle, o sistema estadunidense global continua sendo desenvolvido.

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Para concluir, o embaixador russo ressaltou que essa defesa antimíssil destrói também a estabilidade na região. "O sistema de defesa antimíssil norte-americano é um dos fatores sérios que desestabilizam o sistema de segurança global", afirmou Galuzin.

Atualmente, a defesa antimíssil do Japão inclui os navios com o sistema Aegis equipados com mísseis da intercepção fora da atmosfera SM-3, bem como instalações Patriot-3. O sistema Aegis instalado nos porta-aviões é capaz de interceptar mísseis balísticos a uma altitude de 500 quilômetros. O sistema terrestre possui as mesmas capacidades.

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