"Netanyahu é homofóbico, então fomos às ruas", dizia um dos banners. "Homofobia é terrorismo, nenhuma desculpa vai ajudar", dizia outro.
"O Knesset lançou uma guerra contra a comunidade gay hoje e a comunidade vai reagir", disse um dos organizadores do protesto. "O rosto sorridente do primeiro-ministro enquanto ele votou pelo ódio e contra a comunidade gay mostra sua enorme desconexão com o governo".
O premiê Benjamin Netanyahu votou contra a emenda que estenderia os direitos de sub-rogação aos casais do mesmo sexo, informa o Haaretz.
O Canal 10, porém, insinuou que Netanyahu agiu por necessidade política, já que os partidos ultra-ortodoxos se opõem a dar aos homossexuais o direito de gerar filhos por meio da maternidade sub-rogada e teriam vetado todo o projeto de lei se a emenda tivesse sido incluída.
"Dois dias atrás, durante uma reunião do Likud, Netanyahu disse que apoiava a mudança na lei para permitir que as pessoas LGBT se tornem pais", disse ele em um comunicado. "No mesmo dia, ele postou um vídeo em que repetia — tanto em palavras quanto por escrito — seu compromisso em apoiar a mudança… Eu nunca disse isso antes sobre um primeiro ministro de Israel, mas não tenho escolha: mentiroso", disse o político.
Antes da votação, somente casais heterossexuais casados podiam se tornar pais por meio de barrigas de aluguel. Casais LGBT têm o direito à união estável reconhecido pelo governo, mas Israel não reconhece nenhum casamento não-religioso realizados no país.