Donald Trump também não economizou críticas ao seu predecessor, o democrata Barack Obama, chamando-o de ingênuo em relação à Rússia.
O presidente norte-americano afirmou que "tem sido mais duro com a Rússia do que qualquer presidente ao longo de muitos, muitos anos", acrescentando: "talvez o mais duro de todos os tempos".
"Me aproximar do presidente Putin, me aproximar da Rússia, é positivo, não negativo", disse o presidente dos EUA.
Donald Trump negou as acusações de que estaria de alguma forma sob a influência de Putin, apontando que pediu a Angela Merkel, chanceler alemã, que deixe de apoiar um novo gasoduto que levaria gás da Rússia à Alemanha através do Mar Báltico.
"Eu disse, espere um minuto, nós deveríamos estar te protegendo da Rússia e você pagará a eles bilhões de dólares? O que é isso?", afirmou o presidente, acrescentando que isso não seria de nenhuma maneira positivo para a Rússia.
"Agora, você acha que isso é positivo para a Rússia? Estou dando conselhos para que eles [Alemanha] saiam de algo que daria a ela [Rússia] bilhões de dólares", disse o presidente dos EUA à CNBC.
Donald Trump também justificou-se lembrando ao repórter da CNBC que expulsou 60 diplomatas russos dos EUA em março após um escândalo no Reino Unido, que acusou a Rússia de ter envenenado Serguei Skripal e sua filha, Yulia, com o agente nervoso A234, o que o Kremlin nega ter acontecido.Mais cedo nesta quinta-feira (19), a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, postou no Twitter que Donald Trump pediu ao conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, que convide o presidente Putin para um encontro entre os dois líderes em Washington ainda este ano.
Os comentários de Donald Trump surgem três dias após seu encontro com Vladimir Putin em Helsinque na Finlândia, pelo qual sofreu uma série de críticas da imprensa ocidental, que esperava uma atitude mais dura do presidente dos EUA. A críticas mais duras vieram de dentro do próprio partido Republicano.