O jogador alemão Mesut Özil anunciou no último domingo que não jogará mais pela seleção da Alemanha por conta dos casos de racismo e perseguição que vem sofrendo dentro e fora da federação de futebol do país por conta da sua ascendência turca.
"As fotos com o presidente turco Erdogan levantaram questões para muitas pessoas na Alemanha. Concordamos que a DFB também contribuiu para lidar com o tópico. E é lamentável que Mesut Özil tenha achado que não tinha sido suficientemente protegido como alvo de slogans racistas contra sua pessoa, como foi o caso de Jerome Boateng. Mas era importante que Mesut Özil, como Ilkay Gündogan antes dele, desse respostas a essa foto, independentemente do resultado esportivo do torneio na Rússia. Na DFB, ganhamos e perdemos juntos, tudo em equipe", escreveu a federação.
Özil havia publicado uma foto com o líder turco em maio, durante um evento educacional e de caridade em Londres. De acordo com o jogador, a foto não teve intenções políticas.
"O fato de a DFB estar associada ao racismo, nós rejeitamos. Por muitos anos, a DFB esteve fortemente envolvida no trabalho de integração na Alemanha. Entre outras coisas, premia o Integrationspreis, lançou a campanha "1: 0 for a Welcome" e integrou dezenas de milhares de refugiados na família do futebol. Nos últimos 15 anos, estabelecemos um trabalho de integração em várias camadas, o que afeta os clubes amadores. A DFB é sinônimo de diversidade, dos representantes no topo às incontáveis pessoas dedicadas do dia a dia da base", acrescentou a entidade.