"Os agentes das forças de segurança pediram para que não saíssem, pois já estava muito tarde. Mas eles insistiram e saíram sozinhos", declarou o funcionário local, Marcelin Yoyo, citado pelo Radio Ndeke Luka.
De acordo com ele, "todos os malfeitores vestiam turbantes e falavam apenas árabe".
Segundo informa a missão da ONU no país africano, os corpos dos três jornalistas mortos foram encontrados em um carro abandonado à distância de 33 quilômetros ao norte da cidade de Sibut.
Possíveis motivos do assassinato
Vários especialistas supuseram qual poderia ter sido a razão para matar esses três jornalistas.
Por exemplo, o especialista russo em assuntos africanos, Dmitry Bondarenko, afirmou que a situação na República Centro-Africana continua sendo grave já durante muitos anos.
"Os motivos podem ser completamente diferentes, mas a RCA é o país onde é possível morrer sem nenhuma razão, e isso é um fato", declarou.
Ao mesmo tempo, outro especialista russo em assuntos da África, Vasily Filippov, também apoia a versão sobre um assalto.
"Para que eles precisam de jornalistas russos? É mais provável que esta fosse uma tentativa banal de tirar vantagem de europeus. Quando se derrama sangue no país, é mais fácil organizar um assassinato", opina.
Filippov também duvidou da possibilidade de que o incidente baseia-se em motivos religiosos ou raciais.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que em 30 de julho na República Centro-Africana morreram três pessoas que tinham somente documentos de jornalista concedidos em nome de Kirill Radchenko, Aleksandr Rastorguev e Orkham Dzhemal. Atualmente, conforme a chancelaria russa, seus corpos já estão na capital do país, Bangui. O Comitê de Investigação da Rússia iniciou um caso penal sobre o assunto.