Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia confirmou a identidade das vítimas, que estariam trabalhando no país sem o conhecimento da Embaixada russa em Bangui.
"De acordo com informação recebida da República Centro-Africana em 30 de julho, três pessoas foram mortas perto da cidade de Sibut (300 km ao norte da capital, Bangui), portando apenas documentos de jornalistas emitidos sob os nomes de Kirill Radchenko, Aleksandr Rastorguev e Orhan Dzhemal", informou a chancelaria russa, explicando que a missão diplomática russa está em contato com as autoridades locais para preparar a transferência dos corpos para a Rússia assim que possível.
Embora os detalhes da atrocidade permaneçam sendo um mistério, alguns órgãos de mídia russos disseram que os jornalistas em questão estariam no país africano para fazer um documentário. Em declarações à Sputnik, o centro investigativo do magnata russo Mikhail Khodorkovsky confirmou ter enviado uma equipe, que incluía as três vítimas, para a República Centro-Africana.
"Existe um projeto conjunto, estávamos trabalhando em conjunto em um filme. Eles não são nossos funcionários, estavam colaborando no filme com a gente… Orkhan Dzhemal, Kirill Radchenko, Aleksandr Rastorguyev. É verdade", disse Anastasia Gorshkova, vice-presidente do centro, acrescentando que o último contato com o trio havia sido feito no domingo.
Também em declarações à Sputnik, o jornalista russo Maksim Shevchenko disse que a ex-esposa de Orkhan Dzhemal confirmou a morte do marido.
"Infelizmente, sua ex-mulher, Irina Gordienko, me confirmou ter recebido fotos de Orkhan morto", afirmou. Segundo ele, o filme que Dzhemal pretendia fazer seria sobre as empresas militares privadas que atuam na República Centro-Africana.