Maduro assumiu sua responsabilidade pela crise econômica no país durante o congresso do Partido Socialista Unido (PSUV), onde foi reeleito presidente do partido.
Viktor Jeifets, da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Estatal de São Petersburgo, entrevistado pelo serviço russo da Rádio Sputnik, comentou essa declaração do presidente.
"Acredito que fazendo essa declaração o presidente Maduro reconheceu o que todos já sabiam: que o modelo econômico criado por Hugo Chávez, parcialmente baseado nos dos governos dos seus antecessores, não funciona", explicou ele.
Para Jeifets, "Maduro se encontra em uma situação quando nem a China, nem a Rússia lhe emprestam o dinheiro que ele queria obter para salvar a economia venezuelana. É evidente que precisa de muito dinheiro e nem Moscou, nem Pequim estão prontas para fazer isso".
"A Venezuela tem um grande potencial de desenvolvimento […] Para iniciar a reconstrução da economia venezuelana, a sociedade deve estar pronta para o diálogo", opinou o analista.
Em 25 de julho o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o país vai remover cinco zeros de sua moeda para conter a inflação galopante. Além disso, Caracas planeja vincular o bolívar venezuelano à criptomoeda petro, respaldada por petróleo.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a inflação na Venezuela atinja 1.000.000% até ao final deste ano. A organização internacional compara a situação venezuelana com a da Alemanha logo após o fim da Primeira Guerra Mundial ou à do Zimbábue no fim dos anos 2010.