Como Rússia poderia lidar com possíveis sanções contra sua dívida soberana?

Analistas do banco norte-americano City revelaram no que resultaria para a economia russa uma possível adoção de sanções contra a dívida soberana da Rússia. O especialista Aleksandr Abramov comentou esse assunto.
Sputnik

Washington informou que avalia a possibilidade de adotar sanções contra a dívida soberana da Rússia. Segundo analistas financeiros do banco norte-americano City, essas sanções levariam à saída de capital da Rússia e desvalorização da divisa nacional correspondente a 15%.

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O economista russo Aleksandr Abramov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, comentou a previsão dos analistas norte-americanos. 

Segundo ele, a introdução de sanções contra a dívida soberana é pouco provável. Entretanto, tendo em consideração que 33% dos títulos de dívida pública russa pertencem a não residentes, esses sanções causariam problemas financeiros para Moscou.

"Perderíamos um terço das fontes de financiamento e o governo precisaria implementar uma política monetária expansionista. Acredito que, se as outras variáveis não se alterarem, isso poderia levar à desvalorização do rublo", disse o especialista.

Ao mesmo tempo, Abramov declara que se as sanções contra a dívida soberana russa forem adotadas, a Rússia conseguirá lidar com consequências negativas.

"Caso isso aconteça, o Banco Central e o Ministério das Finanças têm medidas para combater essas tendências. Tentarão usar alguns mecanismos adicionais para estabilizar mais ou menos o rublo, porque a estabilidade do rublo, acredito, é um índice importante para o governo e para as autoridades monetárias do país", sublinhou o analista.

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Anteriormente, o Congresso dos EUA propôs impedir que cidadãos norte-americanos e residentes dos EUA efetuassem operações com títulos públicos da Rússia. 

Entretanto, a mídia informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu a adoção das sanções contra a dívida soberana da Rússia porque, para o Departamento do Tesouro, essa medida pode afetar não apenas os investidores e empresas russos, mas também os norte-americanos.

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