Mãe de Osama bin Laden quebra o silêncio e defende o mentor do 11 de Setembro

O fundador do grupo terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden, foi um "bom menino" até que ele foi radicalizado enquanto estudava na Arábia Saudita, afirmou a sua mãe, Alia Ghanem, que falou pela primeira vez em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian.
Sputnik

Ghanem disse que, quando pequeno, Osama era uma criança muito talentosa, mas aos 20 anos ele foi radicalizado enquanto estudava na Faculdade de Economia da Universidade Rei Abdulaziz, em Jeddah.

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"Era um bom menino até que ele conheceu algumas pessoas que sofreram lavagem cerebral em seus 20 e tantos anos. Você pode chamá-los de seita. Eles reuniram dinheiro para a sua causa. Disse-me sempre para ficar longe deles, mas ele nunca disse o que estava fazendo, porque ele me amava tanto", declarou ela.

A entrevista revela que alguém que teve uma forte influência sobre Bin Laden era Abdullah Azzam, um membro do grupo terrorista Irmandade Muçulmana (proibido em vários países, incluindo a Rússia) e mentor espiritual de Osama.

No início dos anos 80, Osama viajou para o Afeganistão para lutar contra as Forças Armadas soviéticas e todos que conheciam o jovem até então o respeitavam.

"No início, estávamos muito orgulhosos dele. Mesmo o governo saudita o via de uma maneira muito nobre e respeitosa. E, em seguida, tornou-se Osama, o muyahidin", relembrou o irmão de Osama, Hassan.

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Hassan afirmou que estava muito orgulhoso de Osama como seu irmão mais velho: "ensinou-me muito, mas acho que ser muito orgulho dele como pessoa. Ele veio para o estrelato em uma escala global, mas foi tudo por nada", ressaltou.

Osama bin Laden, fundador da organização terrorista internacional Al-Qaeda e considerado o mentor dos ataques de 11 de Setembro em Nova York, em 2001, foi morto em 2 de maio de 2011 na cidade paquistanesa de Abbottabad, em uma operação organizada pelos EUA.

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