Militares dos EUA são processados por advogados turcos por ligação com terroristas

Um grupo de advogados leais ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, iniciou uma ação legal contra oficiais dos EUA ligados à base aérea estratégica de Incirlik, na Turquia, por supostos laços com terroristas.
Sputnik

Os advogados turcos, parte da parte da Associação para Justiça e Assistência Social apoiadora do presidente Erdogan, querem interromper temporariamente todas as operações na base de Incirlik para executar um mandado de busca, informou o Stars and Stripes nesta quarta-feira. 

Será que Turquia e EUA estão caminhando rumo à ruptura das relações?
A queixa criminal diz que dezenas de oficiais de alto escalão dos EUA estão ligados a Fethullah Gülen, um clérigo islâmico que vive nos Estados Unidos e que, segundo Erdogan, foi fundamental na tentativa de golpe contra seu governo em 2016.

Os advogados tentam a detenção dos coroneis John Waler, Michael Manion, David Eaglen e David Trucksa, o tenente-coronel Tim Cook e Mack Coker, os sargentos Thomas Cooper e Vegas Clark. O general Joseph Votel, chefe do Comando Central dos EUA, também é mencionado na denúncia.

De acordo com jornalistas turcos exilados do Centro de Liberdade de Estocolmo, o processo é uma forma de retaliação contra a decisão de Washington de impor sanções contra dois funcionários de gabinete do governo de Erdogan: o ministro do Interior, Suleyman Soylu, e o ministro da Justiça, Abdulhamit Gul.

Uma porta-voz da presença da Força Aérea dos EUA na base de Incirlik tentou colocar panos quentes na situação, declarando ao veículo: "Continuamos a cumprir nossa missão aqui na Base Aérea de Incirlik, e estamos orgulhosos do relacionamento que temos com nossos parceiros militares turcos".

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