"Este objeto está no limite entre um planeta e uma anã marrom, ou "estrela falhada", e isso está sendo surpreendente, pois potencialmente pode nos ajudar a entender os processos magnéticos que ocorrem quer nas estrelas, quer nos planetas," disse Melodie Kao, autora do estudo.
O corpo celeste, batizado de SIMP J01365663+0933473 e detectado inicialmente em 2016, possui uma massa 12.7 vezes superior à do gigante gasoso Júpiter, o maior planeta do nosso Sistema Solar. Também possui um potente campo magnético, 200 vezes mais potente que o de Júpiter, e sua temperatura na superfície ultrapassa os 800 graus Celsius, conforme citado pela CNN.
As anãs marrons geralmente são consideradas demasiado grandes para serem planetas, mas não suficientemente grandes para permitirem a fusão do hidrogênio em seus núcleos, como as estrelas. Elas ainda podem produzir fortes auroras, mas o motivo por trás disso não é claro, pois elas não possuem vento solar das estrelas vizinhas. Uma teoria é que as auroras ocorrem quando um planeta ou a Lua interagem com o campo magnético das anãs marrons.
"A pesquisa apresenta grandes desafios para a nossa compreensão do mecanismo do dínamo que produz os campos magnéticos nas anãs marrons e exoplanetas, contribuindo para a criação das auroras que vemos", declarou Gregg Hallinan, coautor e professor assistente no Instituto de Astronomia da Califórnia.
Tal descoberta também significa uma nova maneira de detectar novos exoplanetas, incluindo os planetas órfãos que orbitam sem uma estrela-mãe.