Almirante: Irã defenderá comércio nas águas territoriais em meio a sanções dos EUA

O almirante Hossein Khanzadi afirmou que a segurança no estreito de Ormuz será garantida pelas forças navais do Irã e pelo Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, sigla em inglês).
Sputnik

Hossein Khanzadi, comandante da Marinha iraniana, garantiu que o país manterá a segurança das rotas comerciais marítimas nas águas territoriais do Irã nas regiões norte e sul, segundo noticia a Fars.

"A Marinha garantirá a segurança de todas as exportações e importações iranianas nas águas do Norte e do Sul, por onde são efetuadas 90% das exportações e importações. Estamos equipados com a mais complexa infraestrutura e efetivos humanos para garantir a segurança marítima, aérea e costeira", ressaltou.

A declaração veio depois de Khanzadi ter sublinhado que a segurança do estreito de Ormuz, que segundo ele seria mantida pela Marinha do Irã e pelo IRGC, "influenciará aqueles que ameaçam o Irã usando seus petrodólares".

"Se qualquer torneira de petróleo na região for ligada e os petrodólares forem para o bolso daqueles que ameaçam o Irã, isso definitivamente terá um impacto na segurança do estreito", ressaltou.

EUA querem provocar revolta da população do Irã com sanções, diz ex-oficial da CIA
No início desta semana, o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif, por sua vez, advertiu os EUA de que suas tentativas de conter as exportações iranianas de petróleo acabarão por fracassar. Ele alertou Washington sobre manter a "ideia simplista e impossível" de impedir as exportações de petróleo de Teerã e lembrou que os EUA enfrentarão "consequências".

Estas declarações chegam no momento em que as novas sanções dos EUA contra o Irã, anteriormente suspensas na sequência do acordo nuclear de 2015, entraram em vigor na terça-feira (7) conforme uma ordem executiva assinada pelo presidente norte-americano Donald Trump.

No início de julho, o comandante do IRGC, Ismail Kowsar, deixou claro que o Irã podia fechar o estreito de Ormuz ao tráfego de petróleo através do golfo Pérsico se os Estados Unidos restabelecessem as sanções contra a República Islâmica.

Em maio, Trump anunciou que os EUA se retirariam do acordo nuclear do Irã de 2015 e voltariam a impor sanções ao país. Ele disse que as sanções impostas afetariam qualquer empresa que faça negócios com Teerã.

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