Cantando o hino nacional e agitando bandeiras romenas, os manifestantes reuniram-se novamente na Praça da Vitória, sede do governo na capital.
A multidão era notavelmente menor do que nas duas noites anteriores, quando dezenas de milhares de pessoas se reuniram, mas muitas outras voltaram a expressar sua raiva, acusando o governo de esquerda de corrupção e pedindo sua renúncia.
"Todos os dias, depois do trabalho, quero vir para cá… trabalho como pesquisador e, na semana passada, descobri que nossos fundos foram cortados. Estou muito determinado. Eles não podem nos ignorar para sempre", afirmou Teona Deftu à AFP.
A polícia foi criticada pela oposição de centro-direita por usar canhões de água e gás lacrimogêneo na sexta-feira para dispersar os manifestantes. Mais de 450 pessoas, incluindo 30 policiais, ficaram feridas e cerca de 30 foram presas.
A polícia nega o uso de força excessiva, dizendo que os policiais responderam à violência supostamente perpetrada por dezenas de manifestantes de maneira "gradual e proporcional".
Muitos dos que protestavam eram romenos que deixaram o país para morar no exterior.
Nos últimos 15 anos, cerca de quatro milhões de pessoas deixaram a Romênia — um dos estados membros mais pobres da União Européia.
A Romênia tem visto frequentes protestos no último ano e meio.
O mais recente capítulo na discussão sobre a corrupção no país foi a demissão da promotora Laura Codruta Kovesi, considerada um símbolo da luta do país contra os crimes de colarinho branco.