No mês passado, a revista The Diplomat relatou que a China poderá vir a ter até sete navios com capacidade de transportar aviões até 2025, incluindo quatro porta-aviões e três navios menores capazes de carregar aeronaves. As notícias surgiram após o vazamento de uma imagem mostrando o design de um porta-aviões com três catapultas, causando rumores de que Pequim estaria também desenvolvendo tecnologias de catapultas eletromagnéticas.
Espera-se que o Type 002, o projeto de porta-aviões chinês de segunda geração, tenha uma catapulta eletromagnética semelhante àquelas usadas pelos Estados Unidos e França. A construção do Type 002, iniciada entre 2015 e 2016, deverá terminar até 2020.
Matthew Funaiole, membro do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais China Power Project, com sede em Washington, afirma que os analistas militares precisam realmente de acompanhar de perto o projeto Type 002, pois merece mais atenção do que seus antecessores.
"Se o terceiro porta-aviões, Type 002, tiver mesmo alguns sistemas de lançamento por catapulta, será um enorme avanço para a China. Eles terão se aproximado muito perto do que é tecnologia real. É algo que poucos países podem fazer. Isso dará à China um status de elite", disse o analista ao Business Insider.
Se os novos navios chineses forem equipados com catapultas eletromagnéticas, isso permitirá aos aviões carregar mais combustível e munições, aumentando assim o poder do grupo naval.
"Isso será o maior desafio para a China — tentar descobrir como equipar um navio com um reator nuclear", acrescentou. Sem propulsão nuclear, os porta-aviões da China permanecerão menos eficientes, menos rápidos e terão um prazo de serviço menor do que seus congêneres americanos.
Mesmo assim, no momento Funaiole acredita que é "um pouco injusto" comparar os navios chineses com os norte-americanos, "pois os EUA têm feito isso [operar porta-aviões] por 90 anos, enquanto os chineses estão apenas entrando no jogo".
O analista acha bastante provável que China construa entre quatro e seis navios deste tipo na próxima década, que poderão ser posicionados no mar do sul da China e, talvez, até no oceano Índico.