Esproenko International é uma empresa espanhola que oferece serviços no setor de petróleo e gás, incluindo tubos para extração de hidrocarboneto, equipamento para a indústria petroquímica e ferramentas para explorar e melhorar a produção de jazidas. Ou seja, abastece os países ricos em petróleo, tais como o Irã, de equipamento necessário para gozar de potencial, bem como para explorá-lo.
A empresa está presente no mercado iraniano desde 2013, quando as sanções contra o Irã chegaram ao ápice. Por sua vez, as sanções resultaram ser o melhor motivo para investir no país.
"Nós entramos no Irã em 2013, quando havia sanções por todo o lado, da parte da União Europeia e dos EUA, por isso praticamente não tínhamos concorrência no território iraniano […] Esta foi a razão para entrarmos no mercado persa", revela à Sputnik Mundo Carlos Toledo, diretor de comunicação da Espoenko.
As medidas punitivas contra o Irã a partir de 2011 assustaram a maioria das companhias. Ficaram apenas as empresas mais corajosas e que não tinham razões para se preocupar.
"Assim que finalizamos o processo de certificação e verificação, houve uma abertura [no país] e passamos a ter uma grande concorrência neste tipo de tecnologia", esclareceu.
Por isso, em 2015 a companhia decidiu reduzir ao mínimo a sua atividade no Irã. Agora, quando os EUA asfixiam a economia iraniana e avisam as empresas europeias e americanas sobre as consequências de comerciar com o país, Esproenko está enxergando novas possibilidades.
"Agora estamos pensando em retomar a atividade ao nível mais alto […] até que a União Europeia não introduza sanções contra o Irã. O que EUA dizem é problema deles, não nosso", sublinhou Toledo.
"Nós não recebemos nenhuma ameaça, mas se recebêssemos, mandaríamos ao diabo. Ninguém nos dita o que podemos ou não podemos fazer […] e fazemos o que quisermos", assegura Toledo. O tempo mostrará quantas companhias espanholas seguirão seu exemplo.